Condições hormonais e genéticas e procedimentos estéticos podem causar perda capilar
Por Priscila Carvalho, da Agência Einstein
Fios de cabelo pela casa, no travesseiro, no ralo do banheiro e na escova. Essa é a situação vivida por muitas pessoas que sofrem com a queda capilar. Quando o volume chega a cem fios perdidos por dia, é preciso ficar atento e investigar se há alguma doença por trás.
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Como é quase impossível contar cada fio perdido, a dermatologista Fabiane Andrade Mulinari Brenner, coordenadora do Departamento de Cabelos e Unhas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), ressalta que é importante prestar atenção à densidade do cabelo. “Se não ocorre uma reposição adequada, pode ser um sinal de doenças relacionadas ao couro cabeludo”, diz.
As principais condições que acentuam a perda são eflúvio telógeno, alopecia androgenética e alopecia areata. Saiba mais a seguir.
Eflúvio telógeno
Costuma ser causada por infecções, estresse, problemas na tireoide e deficiências nutricionais. No geral, os folículos do couro cabeludo ficam em fase de repouso e depois podem cair. “Ela diminui a densidade do cabelo”, reforça Brenner.
O tratamento deve mirar a causa do problema, como a reposição de nutrientes ou o manejo do estresse.
Alopecia androgenética
É a famosa calvície. A condição tem influências hormonais e genéticas. “Em certo grau, a alopecia afeta em torno de 50% dos homens e 40% das mulheres acima de 50 anos”, afirma Caio Lamunier, dermatologista da SBD e do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Os sintomas mais expressivos tendem a surgir a partir dos 40 anos. Nos homens, são as “entradas” ou aquela “coroa” no topo da cabeça. Já nas mulheres, o problema costuma aparecer mais tardiamente e de forma menos intensa. Na fase da menopausa, é comum observar aumento de fios perdidos, justamente por questões hormonais.
O tratamento inclui medicamentos administrados via oral e de uso tópico no couro cabeludo.
Alopecia areata
Ela está relacionada a doenças autoimunes e provoca falhas arredondadas no couro cabeludo. De acordo com a especialista da SBD, atinge 1% da população.
Ao contrário da androgenética, que manifesta seus sintomas na fase adulta, ela também pode atingir crianças. O tratamento em geral é feito com remédios específicos aplicados na região do couro cabeludo e na cabeça.
Outras causas que provocam a queda capilar
Falta de nutrientes: o ferro é um dos minerais necessários para uma boa saúde dos cabelos. A falta do nutriente acentua a perda dos fios. O mesmo vale para vitaminas do complexo B. Por isso é fundamental seguir uma alimentação equilibrada. Se for o caso, o profissional pode sugerir suplementações.
Químicas para cabelo: diversas intervenções estéticas podem causar danos. As progressivas à base de formol são um bom exemplo. “O fio alisado fica desidratado e bem quebradiço”, destaca Lamunier.
Já o tioglicolato de amônia, substância muito usada para fazer relaxamento nos cabelos, desestrutura as células do córtex dos fios, conhecido como o “coração” do cabelo. “Ele determina o formato dos fios, além da sua cor, força e elasticidade”, diz o dermatologista.
Covid-19: de acordo com os especialistas, também tem sido comum pessoas se queixando de queda capilar após contraírem o coronavírus. Mesmo com poucos estudos relacionados ao tema, os dermatologistas indicam que os fios podem cair depois da doença. O tratamento é individualizado.
(Fonte: Agência Einstein)
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